Bem vindos ao meu canto criativo. Não poder me expressar é quase sinônimo de não poder respirar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Leilani

When did this little girl grow?
Somebody tell me because I don’t know.
Memories scramble inside my conscience
A little child playing princess
A little mermaid in the ocean
A little pearl under the see
A little smile in the crowd
A little virgin running free
The dress got stained, but not the heart
The heart got broken, but not the soul
From heaven roared a mighty thunder
A sound that no one could control
From heaven poured a mighty rain
But all it did was make her bold
When did this little girl grow?
Somebody tell me because I don’t know.
Someone heard her sing a tune
And it took them to the moon
A sound so soft, a sound so sweet
A smile so tender to the eyes
A voice little a million angels
Shedding tears and saying goodbyes
A woman glowing in the sun
A lady loved by everyone
She will fill her life with laughter
With her love… happily ever after.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

ARTE

A arte é eterna
Moderna
Baderna
A arte é corrente
Ardente
Doente

A arte é terrível
Temível
Imprevisível
A arte é formosa
Ruidosa
Caprichosa

A arte é som
Violão
Lampião
Paredes
Prédios
Remédios
Desenhos
Pinturas
Arquiteturas
Gravuras
Feiuras

A arte é tecnologia
Orgia
Magia
Drogas
Carambolas
Comidas
Bebidas
Facebook
Outlook
look

A arte é nudez
Mulher
Libido
Sentido
Sexo
Dança
Trança
Cores
Odores
Amores

A arte é nada
Buracos
Dinheiro
Pichação
lixo
Carrapicho
Bicho
Papel
Jornal
Banal

A arte é morta
Torta
Remota

A arte muito fala
E muito diz
Mas a maior arte de todas
É a arte de ser feliz

Esta arte não se cria
Se encontra

Nos verbos transitivos
Vivos
Nos beijos molhados
Doados
No riso vibrante
Contagiante
Na vida aleatória
Compulsória
Na alma fugaz
Em paz

A arte é temporária
Ordinária
Precária
Minúscula
Maiúscula
Insignificante
Importante
Elegante

A arte é

a vida também.

Viva-a bem

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

SONHOS

Quando os sonhos se perdem
Eles buscam novos ventos
Momentos
Tormentos
Cata-ventos

Quando os sonhos se perdem
Não ouvem sua voz
Seu suspiro
Respiro
Murmúrio

Quando os sonhos se perdem
Eles ficam em silêncio
Calados
Domados
Alterados

Quando os sonhos se perdem
O tempo não para
Não espera
Não olha para trás
Não procura mais

Quando os sonhos se perdem
Diga apenas adeus
Bons ventos te levem

Sonhos são como penas
Antenas
Ideias apenas

O sonho é abstrato
Subjetivo
Relativo

O sonho eres tu
Real
Humana
Viva
Pensante
Ambulante
Pulsante

Se os sonhos se perdem
Perdeu-se nada
Mas não te percas tu
Não fiques cansada
Se tu te perdes
Perdeu-se tudo
Acabou-se o mundo

Se tu te encontras
O sonho renasce
Deixe que o tempo passe
e pague suas contas


Se tu te encontras
O sonho se renova
Um sonho diferente
Como uma nascente

Se tu te encontras
O sonho aparece
Como uma prece

Quando os sonhos se perdem
Não tente encontra-los
São como uma pipa
Que o vento levou
E outra criança encontrou

Quando os sonhos se perdem
Pegue um pincel
Tinta e papel
Misture as cores
Junte os amores
Até criar um branco
Liso puro
Um branco escuro
E volte a pintar
Criar
Brincar
Voar

E com o tempo ... a sonhar

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

APENAS


Se eu não sentisse tanto
Sofreria menos, choraria menos
Viveria menos
Se eu sentisse menos
Não amaria tanto, gozaria tanto
Viveria tanto

Se eu fosse uma ameba
Ficaria estática
Não seria tão dramática
Ou errática

Se eu fosse diferente
Meu corpo não seria tão quente
Ardente
E inconsequente
Se eu fosse mais fria
Não sentiria o sol do dia
Nem a maresia

Pois sou poesia
Sou lírica e arte
Bela e grotesca
Barroca e romanesca
Ao vivo e à cores
A consequência de muitas dores
De canções mal acabadas
Histórias mal contadas
Contos sortidos
Multicoloridos
50.000 tons de cinza e verniz
O dia em que fui triste
A noite em que fui feliz

Pois sou bailarina
Equilibrista
e palhaça
Presa na trapaça
Sempre só na pista

Pois sou sentinela
A fera e a bela
A suave donzela
A leoa feroz
Que dorme acordada
E não esconde sua voz

Pois sou heroina
A dama das águas
Relâmpago do horizonte
Mãe onisciente
Criança carente
Cordeiro e serpente

Pois sou flor
Pequena e exótica
Escassa e abundante
Banal e exuberante
Beijada e colhida
Regada e molhada
Cheirada e amassada
Mas nunca vencida
E sempre perfumada  

Pois sou menina
Esqueci de crescer, de acordar
Pois não fui beijada pelo príncipe
Não fui mordida pelo vampiro
Não fui comida pelo lobo
Nem ressuscitei com um suspiro

Sou híbrida, portanto
Este é meu encanto
Esta é minha maldição
Sou Esperanto
Conheces meu nome
Minha linguagem, não
Eu sou pigmento da minha própria imaginação
Não sei se sou real ou superstição

Eu sinto na pele e a pele me sente
Dormente
As vezes inconsciente
Mas sempre valente

Eu sinto no âmago,
Nas veias e entranhas
Perdas e barganhas
Sutilezas e artimanhas

Eu sinto na alma
Música me acalma
Silêncio me assusta
Mas é meu melhor amigo
Sinceras verdades carrega consigo
Afasta a névoa e espanta o perigo

Eu sinto, logo existo
Minto
Não existo apenas
Vivo... a duras penas

---FLORpc