Bem vindos ao meu canto criativo. Não poder me expressar é quase sinônimo de não poder respirar.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Leilani's poem

When did this little girl grow?
Somebody tell me because I don’t know.
Memories scramble inside my conscience
A little child playing princess
A little mermaid in the ocean
A little pearl under the see
A little smile in the crowd
A little virgin running free
The dress got stained, but not the heart
The heart got broken, but not the soul
From heaven roared a mighty thunder
A sound that no one could control
From heaven poured a mighty rain
But all it did was make her bold
When did this little girl grow?
Somebody tell me because I don’t know.
Someone heard her sing a tune
And it took them to the moon
A sound so soft, a sound so sweet
A smile so tender to the eyes
A voice little a million angels
Shedding tears and saying goodbyes
A woman glowing in the sun
A lady loved by everyone
She will fill her life with laughter
With her love… happily ever after.

Child's slumber

She likes to rest
She likes to nest
She likes to yawn
She does it best

She dreams in colors
She dreams in stripes
She dreams in rainbows
She dreams in nights

She sleeps in peace
I wish I could
Find her release

But while I can’t
Through shades I’ll peep
And watch her sleep

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Cada dia mais feliz



Aonde você vai? Quero ir também
Segura minha mão. Me leve para o além.
O que é você tem que me faz sorrir
Eu quero um pouco mais desse amor dentro de mim

O sol pode brilhar até o infinito
mas não vai comparar com o amor que hoje sinto
O mar pode deixar este mundo mais molhado
mas não vai chegar dentro de um coração apaixonado

Eu vou brincar onde seu vento me soprar
Eu vou dançar baixo a luz do seu luar
Eu vou sentir o que seu coração me diz
e vou viver cada dia mais feliz

Aonde você vai? Quero descobrir
Segura minha mão para que eu possa te seguir
O que é você tem que me faz sonhar
preciso um pouco mais. Nunca quero acordar

Yellow wall

After all the pain
After all the paint
After all the naught
After all the pot

After the goodbyes
After the “nevermores”
After all the highs
After all the dry chores

Where did it end?
At the brown door
And the yellow wall

No more amends
Just noisy silence
Just me, that’s all

Moon ramblings


If the moon could talk, it would make fun of us mortals
It would roll around in the vast sky with laughter
If the moon could speak, it would tell us a story
A tale of reality with no happily ever after

The moon would be right, as it couldn’t be wrong
How could it be, it never opens its mouth
The moon would be straight like the north is from the south
Stories are just stories and they never last long

But the moon would whisper about the beauty of a day
A sunrise and a sunset. An intrinsic display
A few hours of color and a few hours of grey

The moon would teach us not to look so far
Our vision gets blurry when we try to count the stars
The truth of the matter is we are who we are


Modern Sonnet

Stupid poems, crappy words
There's nothing new to be said
we've talked about wine and bread
Gods and lovers, flowers and birds

So you think you're pretty smart

splash some paint, paint some splash
gather trinkets from the trash
glue it up and call it art

You're offended? I don't care

I'm so tired of angry brods
We do you always need to swear?

Wanna scream? Oh, please don't

I've got problems of my own
Wash your laundry back at home

Soldier

It happened as quickly as thunder
As loudly and scary as well
It shook the foundations of heaven
It brought all the sorrow of hell

I thought I did not see it coming
I thought I ignored all the signs
But lightning had struck as a warning
Before, to prepare me in time

I should have ran further
I should have been wiser
I should have been colder

But, no, I don’t do that
I take the beating
For I am a soldier

Arte

A arte é eterna
Moderna
Baderna
A arte é corrente
Ardente
Doente

A arte é terrível
Temível
Imprevisível
A arte é formosa
Ruidosa
Caprichosa

A arte é som
Violão
Lampião
Paredes
Prédios
Remédios
Desenhos
Pinturas
Arquiteturas
Gravuras
Feiuras

A arte é tecnologia
Orgia
Magia
Drogas
Carambolas
Comidas
Bebidas
Facebook
Outlook
look

A arte é nudez
Mulher
Libido
Sentido
Sexo
Dança
Trança
Cores
Odores
Amores

A arte é nada
Buracos
Dinheiro
Pichação
lixo
Carrapicho
Bicho
Papel
Jornal
Banal

A arte é morta
Torta
Remota

A arte muito fala
E muito diz
Mas a maior arte de todas
É a arte de ser feliz

Esta arte não se cria
Se encontra

Nos verbos transitivos
Vivos
Nos beijos molhados
Doados
No riso vibrante
Contagiante
Na vida aleatória
Compulsória
Na alma fugaz
Em paz

A arte é temporária
Ordinária
Precária
Minúscula
Maiúscula
Insignificante
Importante
Elegante

A arte é

a vida também.

Viva-a bem

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Sonhos

Quando os sonhos se perdem
Eles buscam novos ventos
Momentos
Tormentos
Cata-ventos

Quando os sonhos se perdem
Não ouvem sua voz
Seu suspiro
Respiro
Murmúrio

Quando os sonhos se perdem
Eles ficam em silêncio
Calados
Domados
Alterados

Quando os sonhos se perdem
O tempo não para
Não espera
Não olha para trás
Não procura mais

Quando os sonhos se perdem
Diga apenas adeus
Bons ventos te levem

Sonhos são como penas
Antenas
Ideias apenas

O sonho é abstrato
Subjetivo
Relativo

O sonho eres tu
Real
Humana
Viva
Pensante
Ambulante
Pulsante

Se os sonhos se perdem
Perdeu-se nada
Mas não te percas tu
Não fiques cansada
Se tu te perdes
Perdeu-se tudo
Acabou-se o mundo

Se tu te encontras
O sonho renasce
Deixe que o tempo passe
e pague suas contas


Se tu te encontras
O sonho se renova
Um sonho diferente
Como uma nascente

Se tu te encontras
O sonho aparece
Como uma prece

Quando os sonhos se perdem
Não tente encontra-los
São como uma pipa
Que o vento levou
E outra criança encontrou

Quando os sonhos se perdem
Pegue um pincel
Tinta e papel
Misture as cores
Junte os amores
Até criar um branco
Liso puro
Um branco escuro
E volte a pintar
Criar
Brincar
Voar

E com o tempo ... a sonhar

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Apenas


Se eu não sentisse tanto
Sofreria menos, choraria menos
Viveria menos
Se eu sentisse menos
Não amaria tanto, gozaria tanto
Viveria tanto

Se eu fosse uma ameba
Ficaria estática
Não seria tão dramática
Ou errática

Se eu fosse diferente
Meu corpo não seria tão quente
Ardente
E inconsequente
Se eu fosse mais fria
Não sentiria o sol do dia
Nem a maresia

Pois sou poesia
Sou lírica e arte
Bela e grotesca
Barroca e romanesca
Ao vivo e à cores
A consequência de muitas dores
De canções mal acabadas
Histórias mal contadas
Contos sortidos
Multicoloridos
50.000 tons de cinza e verniz
O dia em que fui triste
A noite em que fui feliz

Pois sou bailarina
Equilibrista
e palhaça
Presa na trapaça
Sempre só na pista

Pois sou sentinela
A fera e a bela
A suave donzela
A leoa feroz
Que dorme acordada
E não esconde sua voz

Pois sou heroina
A dama das águas
Relâmpago do horizonte
Mãe onisciente
Criança carente
Cordeiro e serpente

Pois sou flor
Pequena e exótica
Escassa e abundante
Banal e exuberante
Beijada e colhida
Regada e molhada
Cheirada e amassada
Mas nunca vencida
E sempre perfumada  

Pois sou menina
Esqueci de crescer, de acordar
Pois não fui beijada pelo príncipe
Não fui mordida pelo vampiro
Não fui comida pelo lobo
Nem ressuscitei com um suspiro

Sou híbrida, portanto
Este é meu encanto
Esta é minha maldição
Sou Esperanto
Conheces meu nome
Minha linguagem, não
Eu sou pigmento da minha própria imaginação
Não sei se sou real ou superstição

Eu sinto na pele e a pele me sente
Dormente
As vezes inconsciente
Mas sempre valente

Eu sinto no âmago,
Nas veias e entranhas
Perdas e barganhas
Sutilezas e artimanhas

Eu sinto na alma
Música me acalma
Silêncio me assusta
Mas é meu melhor amigo
Sinceras verdades carrega consigo
Afasta a névoa e espanta o perigo

Eu sinto, logo existo
Minto
Não existo apenas
Vivo... a duras penas

---FLORpc